Não faz muito tempo, criar uma campanha de marketing envolvia roteiros, estúdios e um orçamento considerável. A gente escolhia a letra da música, aprovava as imagens e, muitas vezes, a mensagem ia do “alto” para baixo, como uma cascata. Mas hoje, as marcas estão cada vez menos no controle absoluto do discurso. O que tem mais peso é aquilo que as pessoas dizem sobre você – e não exatamente o que você diz sobre si mesmo.
Esse fenômeno tem nome e sobrenome no marketing digital atual: conteúdo gerado por usuários ou, como já virou costume, UGC. De avaliações espontâneas até vídeos autênticos criados por consumidores comuns, essa lógica mudou tudo, especialmente nas redes sociais. Mas será que toda marca está realmente preparada para surfar essa onda?
O que é UGC, afinal?
Talvez você já tenha lido ou ouvido falar, mas talvez falte clareza. UGC é o conteúdo publicado por pessoas comuns sobre produtos, serviços ou experiências. Não são os vídeos institucionais nem as posts patrocinados de celebridades. São, antes de tudo, fotos, vídeos, textos, avaliações e até memes criados de maneira voluntária por consumidores ou fãs da marca.
Ele pode acontecer em diferentes lugares: nas redes sociais, em sites de avaliação, fóruns, grupos de discussão… A natureza do UGC é a espontaneidade – embora, sim, marcas possam convidar ou incentivar pessoas a produzirem esse tipo de material.
Resumindo:
- Postagens no Instagram com uso de hashtags de uma marca
- Stories mostrando o produto funcionando (ou não!)
- Resenhas em vídeo ou texto em sites e marketplaces
- Comentários em blogs, fóruns e comunidades
- Fotografias que viram cases nos sites oficiais de empresas
O consumidor virou protagonista da comunicação das marcas.
Ok, parece simples e até óbvio. Mas por que tanto barulho? Porque, segundo dados da Statusphere, 88% dos consumidores confiam mais nas recomendações de alguém próximo do que em qualquer outro canal de marketing. É uma questão de confiança — e ninguém constrói essa ponte tão rapidamente quanto outro consumidor.
Por que o conteúdo do consumidor importa tanto
Quando alguém compartilha uma experiência (boa ou ruim), isso influencia diretamente outros potenciais compradores. De acordo com uma pesquisa da Emplifi, 74% das pessoas usam as redes sociais para decidir se vão comprar ou não. Essa mudança inverte a lógica do discurso tradicional.
Credibilidade e transparência
Campanhas baseadas em conteúdo criado por usuários não têm aquele tom ensaiado da publicidade tradicional. As pessoas sentem quando uma opinião parece honesta. Por isso, uma avaliação sincera no site ou uma marcação espontânea no story do cliente vale mais do que mil palavras nos anúncios.
Segundo um estudo da FeaSeo, 90% dos consumidores acham o conteúdo feito por usuários útil na hora de pesquisar por produtos. Ver alguém comum (que poderia ser qualquer um de nós) recomendando ou usando algo ajuda a reduzir dúvidas e cria uma relação mais real.
Engajamento direto nas redes sociais
As redes sociais são, sem exagero, o “palco” principal do conteúdo autêntico criado por clientes. O próprio Instagram e TikTok são terrenos férteis para vídeos caseiros, dicas rápidas, tutoriais e desafios. Hashtags de campanha e até trends facilitam ainda mais a disseminação — principalmente porque o consumidor gosta de se ver como parte ativa da experiência.
Impacto no branding
O conteúdo feito por quem já compra ou utiliza seu serviço é o tipo de propaganda que rara vez tem preço. Marca que abraça e divulga o que seus clientes criam constrói branding com autenticidade. Perde o medo de comentários negativos (que, aliás, quando respondidos de forma madura, são oportunidades transformadoras).
O UGC constrói marcas de gente para gente.
Formatos populares de UGC: do básico ao criativo
O conteúdo de consumidor pode tomar formas variadas. Ficou mais fácil entender quando a gente vê exemplos concretos:
- Vídeos curtos: tutoriais, unboxing, rotina de uso, dicas rápidas
- Avaliações escritas: comentários em lojas, marketplaces ou apps
- Stories e menções: postagens espontâneas marcando marcas (com ou sem hashtags)
- Memes: piadas envolvendo produtos ou serviços
- Resenhas em blogs: textos mais longos sobre experiências
- Fotos do dia a dia: imagens espontâneas mostrando produtos em uso
Essa variedade abre espaço para criatividade — tanto para quem cria quanto para quem compartilha.
Exemplos práticos e histórias reais
Imagine uma cafeteria local. Alguém tira foto do cappuccino — bem decoradinho, por sinal — e posta usando a hashtag do estabelecimento. A marca reposta nos stories, agradece, e outras pessoas passam a querer ter a mesma experiência. Em alguns casos, a marca até inclui esse registro autêntico no site ou em futuras campanhas. O ciclo se retroalimenta.
E já pensou numa loja de roupas onde clientes aparecem em fotos vestindo os looks do dia? Ao invés das imagens frias de catálogo, o site passa a exibir fotos de gente de verdade. Isso diminui inseguranças — será que cai bem no meu corpo? — e incentiva o engajamento.
Só para reforçar, uma pesquisa publicada no ResearchGate mostra que 63% das pessoas confiam mais em testemunhos visuais do que em textos. Daí porque fotos e vídeos fazem tanta diferença na decisão de compra.
Economia e benefícios para as marcas
Campanhas baseadas em conteúdo espontâneo tendem a ser mais econômicas. Não há tanto investimento em produção, fotografia ou elenco – boa parte do material já existe ou pode ser criado a partir dos próprios consumidores. Isso não quer dizer, no entanto, que não haja estratégia. É preciso garimpar, organizar e pedir autorização antes de sair usando qualquer coisa.
- Mais alcance com menos custos: Aumento do buzz digital, sem aquela pressão de abrir o orçamento para campanhas tradicionais.
- Autenticidade como diferenciação: A marca se diferencia por “falar menos” e ouvir mais. Gente comum acredita em gente comum.
- Relacionamento aprofundado: Quando a empresa reconhece e compartilha o conteúdo dos clientes, cria um senso de comunidade.
- Tomada de decisão baseada em dados reais: Métricas como engajamento, compartilhamento e saves crescem, e com elas a base de fãs.
Inclusive, a centralização desse processo é uma das vantagens de plataformas como a Dr. Creators, que permite às marcas organizarem, monitorarem, importar e reaproveitar conteúdo gerado por criadores e clientes em campanhas estruturadas, mantendo histórico e facilitando o trabalho das equipes de marketing.
Habilidades e cuidados necessários para criadores e marcas
Nem tudo é perfeito, claro. Para quem cria, seja por diversão, seja como oportunidade, também surgem desafios. Criadores precisam estar atentos a golpes, a direitos autorais e, principalmente, à importância de deixar clara a comunicação com as marcas.
Habilidades que podem fazer a diferença
- Capacidade de síntese: Transmitir informação ou emoção em pouco tempo
- Autenticidade: Mostrar quem é de verdade, não apenas o melhor ângulo do produto
- Consistência: Produzir conteúdo regularmente, mantendo sua essência
- Boa comunicação: Falar de marcas/compras sem perder o tom pessoal
Para as empresas, o desafio é outro: identificar bons criadores, organizar contratos digitais e garantir segurança e ética em cada colaboração. O histórico e a centralização dessas informações — que a Dr. Creators proporciona — reduzem riscos e aceleram a seleção.
Transparência e contratos digitais protegem ambos os lados.
Como evitar problemas
- Formalize parcerias com contratos digitais claros
- Peça autorização sempre que for usar imagens ou depoimentos
- Cheque a autenticidade dos perfis e canais
- Evite ofertas mirabolantes; desconfie de pedidos de dados pessoais sem justificativa
Criadores e marcas devem, juntos, reforçar sempre a confiança, mantendo a negociação na plataforma, como orienta a ferramenta da Dr. Creators. E sempre, sempre, dar valor à autenticidade. Isso é o que o público percebe de longe.
Estratégias para coletar, usar e reaproveitar conteúdo do público
Talvez a dúvida principal de muita gente seja: como encontrar, coletar e usar esse tipo de material — sem ser invasivo ou desrespeitar o consumidor?
- Monitore as redes sociais ativamente: Use hashtags, menções e localização. Acompanhe o que falam de você nos principais canais. Aproveite os recursos de busca, como pesquisa no próprio ambiente onde seu público está.
- Solicite permissão antes de compartilhar: Pergunte diretamente ao criador se pode usar a foto, vídeo ou comentário dele.
- Ofereça reconhecimento: Marque o perfil, envie brindes, descontos ou convide para eventos – mas fuja de promessas não cumpridas.
- Crie campanhas de hashtags: Incentive as pessoas a registrarem suas experiências, mas sempre deixe claro que tipo de conteúdo está sendo buscado.
- Reaproveite o conteúdo em diferentes canais: Site, redes, email marketing. Cada canal pede adaptação, não apenas “copiar e colar”.
- Siga as normas de proteção de dados e imagem: Não compartilhe informações sensíveis ou íntimas sem consentimento explícito.
Cuidados éticos e legais
Mantenha-se atualizado sobre regras de proteção de dados (LGPD) e privacidade. Uma campanha pode virar dor de cabeça se ferir direitos ou expuser alguém. Transparência no convite e na utilização do conteúdo não é só boa prática — é lei.
Dicas rápidas para integração eficiente
- Separe conteúdos por temas ou campanhas usando filtros
- Armazene histórico e notas sobre cada criador ou consumidor, com ferramentas especializadas
- Estabeleça critérios de seleção e desenvolva guidelines simples para orientar o tipo de conteúdo desejado
- Use links de tracking para medir o sucesso e ROI das campanhas (mais sobre isso em URLs para monitorar campanhas)
- Reúna tudo em relatórios que possam ser compartilhados entre as equipes
Casos que inspiram: o impacto positivo do conteúdo do público
Algumas marcas montaram verdadeiros acervos de fotos e relatos de clientes em seus sites. Outras apostaram em campanhas de hashtag, onde milhares de pessoas passaram a criar conteúdo criativo para concorrer a prêmios, descontos ou simplesmente ganhar visibilidade. Uma loja online, por exemplo, conseguiu aumentar em 29% sua taxa de conversão ao incluir fotos reais de clientes na página de produtos, conforme levantado por estudos publicados recentemente. Cifras expressivas para quem investiu mais em relacionamento do que em anúncios tradicionais.
Existem também exemplos de pequenas empresas, como docerias de bairro, que começaram com repostagens de fotos dos próprios clientes. De repente, a vitrine digital ganhou vida de verdade – pessoas esperando aparecer ali, inclusive, o que criava fila de posts e gerava buzz sem custo adicional.
Para mais ideias, conteúdos práticos e estratégias de marketing de influência usando criadores e conteúdo de clientes, vale consultar o blog da Dr. Creators sobre influencer marketing ou ver o guia completo para marcas com marketplace de criadores.
Como planejar campanhas com UGC de verdade
Às vezes bate a dúvida: e se ninguém quiser produzir? Por isso, o segredo é criar um ambiente estimulante.
- Peça feedback (positivo ou negativo é bem-vindo, desde que respeitoso)
- Valorize a participação – compartilhe, comente, responda rápido
- Aposte em pequenas recompensas (um repost já pode ser motivo de orgulho para quem postou)
- Não force a barra: autenticidade é sempre melhor que excesso de direção
Por fim, lembre-se: não se aproprie — colabore. O melhor conteúdo do mundo perde o valor quando parece manipulado ou artificializado. Seus clientes querem reconhecer a si mesmos no próprio relato, não um retrato muito distante da realidade deles.
Conclusão: o UGC como caminho possível e mais autêntico
Ao final das contas, apostar em conteúdo real, vindo do cliente para a marca, é abrir mão do controle absoluto em troca de confiança genuína. Em vez de peças perfeitas, a beleza está nas histórias imperfeitas — mas verdadeiras — que circulam espontaneamente.
Marcas que centralizam e profissionalizam a curadoria e o uso desse conteúdo, como propõe a Dr. Creators, aceleram o crescimento e criam branding de forma muito mais natural e sustentável do que nos formatos tradicionais.
Mais voz para o consumidor. Mais verdade para sua marca.
Dê o próximo passo: experimente uma plataforma pensada para marcas que querem usar o poder de criadores e do conteúdo do próprio público com organização, segurança e foco em resultados. Descubra na prática o valor do UGC na sua estratégia.
Perguntas frequentes
O que é conteúdo UGC?
Conteúdo UGC, ou conteúdo gerado por usuários, é qualquer forma de material digital criado e publicado por pessoas comuns sobre marcas, produtos ou serviços. Pode ser uma foto, vídeo, avaliação, comentário, menção espontânea ou até meme. O que diferencia é ser feito, de maneira voluntária ou incentivada, por clientes ou fãs da marca, não por equipes profissionais de marketing.
Como usar UGC na minha marca?
O primeiro passo é monitorar o que os consumidores dizem sobre sua marca nas redes sociais, sites de avaliação e fóruns. Depois, pedir autorização para usar esse material, reconhecendo seu criador. Estimule campanhas com hashtags, promova reposts em seus canais e reaproveite feedbacks positivos em diferentes pontos de contato – do site ao email marketing. Plataformas como a Dr. Creators ajudam a organizar esse fluxo e tornam a prática mais segura e estruturada.
Vale a pena investir em UGC?
Sem dúvida. O UGC traz credibilidade, engajamento real e pode aumentar taxas de conversão em até 29%, conforme estudos. Ainda reduz custos de produção, fomenta uma comunidade de fãs e amplia o alcance da marca de maneira autêntica. É uma estratégia que tende a crescer, especialmente entre marcas que desejam se aproximar do público de maneira transparente.
Onde encontrar bons exemplos de UGC?
Bons exemplos aparecem em feeds de redes sociais, nos sites das próprias marcas (especialmente lojas de moda, beleza e gastronomia), além de campanhas de hashtag. No blog da Dr. Creators sobre UGC existe uma seleção de cases, ideias e estratégias para quem deseja se inspirar e aplicar as melhores práticas em seu próprio negócio.
Quais as vantagens do UGC para marcas?
Entre os benefícios estão maior credibilidade, possibilidade de engajamento autêntico, economia de recursos, força no branding e construção de uma base fiel de consumidores. O conteúdo gerado por usuários também serve como insight, ajudando as marcas a entenderem o que agrada – ou não – ao consumidor, tornando campanhas mais assertivas e humanizando a comunicação.